Manuel Nunes Freire da
Rocha, 1º Barão de Almeirim nasceu a 28 de Setembro de 1806 em Santo Estêvão do
Santíssimo Milagre, Santarém. Era filho de Manuel Nunes Gaspar e de Rita
Mariana Giralda Freire, foi aluno do Colégio Militar, fidalgo cavaleiro da Casa
Real, Cavaleiro Professor na Ordem de Cristo, 3º Senhor do paço das Lameiras,
deputado em várias legislaturas e Governador-Geral do
distrito de Santarém.
Sua família foi proprietária de várias terras no Pombalinho, como
a Quinta do Outeiro, Mouchão da Velha, Quinta da Melhorada, Fonte Santa, Tapada
do Secretariado e Mouchão do Inglês, assim como do prédio rústico e respectiva
horta, situados na rua com a actual designação de Barão de Almeirim.
Manuel Nunes Freire da Rocha, casou em Lisboa com Luísa Maria
Joana Braamcamp de Almeida Castelo Branco a 28 de Outubro de 1835 de quem teve
três filhos, Maria Inácia Braamcamp Freire da Rocha, Manuel Nunes Braamcamp
Freire 2º barão de Almeirim e Anselmo
Braamcamp Freire.
Anselmo Braamcamp Freire.
Anselmo
Braamcamp Freire, nasceu em Lisboa a 1 de Fevereiro de 1849. Foi um importante
historiador, genealogista e político português. Nascido de famílias fidalgas do
Ribatejo, era filho de Manuel Nunes Freire da Rocha, 1º Barão de Almeirim, e de
sua mulher e prima, Luisa Maria Joana Braamcamp de Almeida Castelo-Branco.
Foi moço fidalgo da
Casa Real, par do Reino em 1887 e sócio efectivo da Academia Real das Ciências.
Seguiu a carreira militar, foi cavaleiro da ordem Soberana de S. João de
Jerusalém e da ordem militar de S. Fernando de Espanha e capitão de Infantaria.
Homem de rara cultura,
notabilizou-se na época escritor e historiador, tendo sido um dos fundadores do
Arquivo Histórico Português em 1903. Na qualidade de arqueólogo e genealogista
deixou uma vasta obra, e pode ser considerado o precursor da genealogia científica
em Portugal. Foi o 1º presidente da Câmara Municipal de Loures, de 1887 a 1889,
e de 1893 a 1895, vereador (pelo Partido Republicano) da Câmara Muncipal de
Lisboa e Presidente da Câmara Municipal de Lisboa de 1908 a 1903. Após a
implatação da República, foi deputado às Câmaras Constituintes de 1911 e o 1º
presidente do Senado da República.
Braamcamp Freire era um
grande coleccionador de arte, reuniu uma notável pinacoteca, que deixou à
cidade de Santarém, assim como a sua biblioteca, com cerca de 10.000 volumes,
entre os quais se encontram exemplares de livros antigos e raríssimos. A casa
onde vivia é hoje a Biblioteca Municipal de Santarém.
Braamcamp Freire morreu
no dia 21 de Dezembro de 1921 em Lisboa.
Da vasta obra que
deixou destacam-se: Brasões da sala de Cintra, 1899, As sepulturas do
Espinheiro, 1901, Índice do Cancioneiro Geral de Garcia Resende e Autos de Gil
Vicente. Mas os trabalhos a que dedicou mais tempo foram os do Arquivo
Histórico Português onde se podem encontrar artigos como: O almirantado da
Índia. Cartas de quitação de el-rei D. Manuel. As conspirações no reinado de D.
João II. Auto do Conselho havido no Espinheiro em 1477. O livro das tenças de
el-rei. A Chancelaria de D. João II. Inventário do guarda-roupa de D. Manuel. A
Chancelaria de D. Afonso V. Povoação de Entre Douro e Minho no Século XVI,
entre outros.
Biografia / Bibliografia
O Fidalgo da República
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